O abuso sexual

 

Entre 7 e 8 anos, Chester começou a ser abusado sexualmente por um amigo mais velho. Ele descreve os abusos como “toques curiosos do tipo ‘o que essa coisa faz?’ até violações completas e malucas”. Chester tinha medo de que as pessoas pensassem que ele fosse gay ou que estava a mentir, por isso nunca contou nada a ninguém. Os abusos continuaram até aos 13 anos de idade.
Dois anos antes do fim dos abusos, os pais de Chester separaram-se, e o seu pai, um detetive policial, ficou com a sua custódia. O seu irmão mais velho e uma das suas irmãs já se tinham mudado na época, e a outra irmã nunca estava por perto.
De acordo com Chester, a única coisa que ele tinha vontade de fazer era matar todo a gente e depois fugir. Em vez disso, ele desenhou quadros e escreveu poesia – montes e montes de coisas, todas em forma de música, todas com versos, com refrões e com a intenção de compreender os seus sentimentos. No som de fundo, estavam Depeche Mode e Stone Temple Pilots.

 

A primeira banda

 

Com cerca de 15 anos de idade, Chester foi convidado a juntar-se à banda “Sean Dowdell and his Friends”, que mais tarde passou a se chamar “Grey Daze”. A relação que ele tinha com os elementos do Grey Daze fez com que ele sentisse uma conexão com alguém pela primeira vez na vida. O problema é que junto com isso, Chester encontrou uma boa maneira de se misturar e esquecer os abusos que havia sofrido na infância: começou a usar drogas, a beber muito e a ter sexo com muitas miúdas.
Aos 17 anos, Chester mudou-se para a casa da mãe. Chocada com a sua aparência de toxicodependente, ela proibiu-o de sair de casa.

Apesar disso, os Grey Daze continuavam a conquistar o seu espaço. Eles abriam os concertos de todas as bandas nacionais que iam tocar a Phoenix e conseguiam ter cerca de 2 mil pessoas a vê-los. Segundo Chester, a banda começava a dar autógrafos logo que a apresentação terminava e só conseguiam parar quando a casa fechava.
Um ano mais tarde, Chester foi preso por transportar maconha.

Com os Grey Daze, Chester gravou 2 discos: Wake Me e No Sun Today.

 

Linkin Park

 

Um ano após o fim dos Grey Daze, no dia que completava 23 anos Chester recebeu um telefonema do empresário Jeff Blue, da Zomba Music, a convidá-lo para se juntar á banda Xero. No dia seguinte ele recebeu em sua casa uma demo com uma canção instrumental e outras faixas com a voz do antigo vocalista do grupo para que ele pudesse gravar a parte vocal. Em 3 dias Chester compôs letras e melodias para a nova canção e também reinterpretou as músicas antigas.

A banda ouviu o resultado pela primeira vez por telefone e, convidaram-no imediatamente para se juntar a eles na California. Chester foi assim o ultimo a entrar para os Xero que mais tarde se transformariam nos Linkin Park.

Quando chegou a Los Angeles, Chester não tinha onde morar e passou meses a dormir em sofás na casa de amigos. Na época em que o 1º disco da banda estava a ser gravado ele dormia dentro do carro, estacionado em frente ao estúdio. Quando os primeiros funcionários chegavam ele entrava e ficava a dormir no estúdio de gravação até o resto da banda chegar.

 

Casamentos e separações

 

Nessa época, Chester trabalhava no Burger King, e lá conheceu Samantha. Eles casaram quando Chester tinha apenas 20 anos, e dinheiro nenhum para comprar alianças. Por isso, eles tatuaram os anéis – um amigo do casal fez as tatuagens de presente de casamento.
Sete anos depois da entrada de Chester na banda, os Grey Daze acabaram.
Chester e Samantha tiveram um filho, Draven Sebastian, antes de se separarem no começo de 2005. Juntos eles desenhavam roupas para a marca “Replicant”.
Não muito tempo depois da separação, Chester casou-se com Talinda Bentley, com quem teve o seu terceiro filho, Tyler Lee e, mais tarde nasceram as gemêas Lily e Lila. Chester tem outros dois filhos: Jaime e Isaiah que são filhos de uma antiga namorada: Elka Brand. Jaime foi o primeiro filho de Chester e Isaiah nasceu mais tarde de uma relação de Elka com um outro homem, mas Chester decidiu adoptar o menino devido á indiferença do pai de sangue.

 

O fim dos vícios e o começo de novos projetos

 

Em 2001, durante uma tournée com os já bem-sucedidos Linkin Park, Chester voltou a ter problemas com álcool e drogas. Ele nunca fazia os concertos completamente sóbrio e isso acabou por o afastar do resto da banda. Quando percebeu o que estava fazendo, Chester pediu ajuda a um companheiro de banda que o ajudou sem fazer julgamentos. Ele largou as drogas e manteve-se sóbrio, mas voltou a beber no fim da tournée mundial dos Linkin Park, em 2004. Mais uma vez, Chester pediu ajuda e foi atendido. Na época, o seu casamento com Samantha vivia tempos conturbados, e ele abriu-se emocionalmente. Forçado a examinar o seu comportamento nos últimos anos, Chester desabou em frente aos amigos da banda. Desde então, Chester tem feito de tudo para continuar sóbrio. Segundo ele, isso fez uma enorme diferença na relação dele com o resto da banda. “Todos nós passamos muito tempo juntos agora porque eles realmente querem estar perto de mim. Isso é muito importante pra mim”.
Em 2007, Chester anunciou a criação da sua marca de roupas, Ve’cel. Além disso, em 2009 foi lançado o primeiro disco do seu projeto a solo “Dead By Sunrise”, no qual trabalhou com Amir Derakh e Ryan Shuck, ex-membros da banda Orgy que atualmente estão na  banda Julien-K.

 

A decisão de acabar com a sua vida

 

Chester admitiu que no passado pensou em acabar com a sua vida. Ele disse que o pensou em fazer no final do seu casamento com Samantha. E foi após o fim desse casamento que Chester começou a falar mais abertamente sobre o seu problema com o alcool.

“Deixar a minha esposa foi a parte mais difícil… Perder todo o meu dinheiro, recomeçar de novo a minha vida e ter de pagar á pessoa que já não queria estar ao meu lado. Eu só queria morrer e hoje podia não estar aqui sentado. Foi horrível.”

 

Informações aleatórias

 

Durante a escola secundária, Chester fez alguns papéis como ator. Segundo ele, nenhum dos papéis era sério. Seja como for, em 2006 Chester fez uma breve participação no filme “Crank”, de Mark Neveldine e Brian Taylor.

 

Em 1995, Chester e Sean Dowdell (fundador dos Grey Daze) fundaram o Club Tattoo, uma loja de tatuagens, em Phoenix. Hoje existem várias lojas espalhadas pelos Estados Unidos.

 

Chester já foi tão pobre que nem uma bicicleta tinha para se locomover. Tinha apenas um skate e uma caixa com os seus objectos pessoais, como ele mesmo descreve.

 

Chester sofria de crises agudas de laringite e bronquite e, por isso ele fez uma cirurgia em Abril de 2004.

 

Sem dinheiro para se matricular, Chester frequentava clandestinamente as aulas de Filosofia na faculdade. Quando foi descoberto pelo professor, este autorizou-o a continuar a assistir ás aulas.

 

Ele ajuda a fundação “Take Me Home”, que promove a adoção de animais. Em 2001, Chester colocou o seu carro – um Hyundai – para leilão no eBay. O carro foi arrematado por $15 mil dólares e o valor foi oferecido à fundação.

 

Todos os anos, ele adota financeiramente crianças que nascem com defeitos na face.

 

No dia 15/03/2004, Chester fez uma cirurgia de correção nos olhos. Naquela noite, que era também o aniversário de Joe Hahn, os Linkin Park tocaram em Los Angeles e, pela primeira vez, Chester pode ver completamente a platéia. “Eu acabei de fazer uma cirurgia a laser nos olhos hoje. No começo assustou um pouco, mas agora posso ver-vos a todos pela primeira vez. É incrível!”, ele disse durante o concerto.

 

Seu primeiro instrumento foi um piano. Ele também toca guitarra.

 

Em 2008, Devon Townsend foi condenada a 2 anos de prisão numa prisão federal americana por invadir os e-mails de Chester em 2006. Townsend também fez ameaças à esposa de Chester, Talinda Bentley, pelo telefone.

 

Além dos “Dead By Sunrise”, Chester tem outro projeto paralelo: o Bucket Of Weenies. Esta é uma banda de garagem cujos elementos são amigos de Chester – entre eles, ex-parceiros de banda. A banda toca covers de outras bandas.

 

Chester diz que é mais depressa reconhecido pelas suas tatuagens das chamas (as suas preferidas) do que pelo seu rosto.

 

Chester diz compreender porque muitos fãs precisam ir aos concertos para exteriorizarem o caos em que vivem, e de alguma forma se sentirem aliviados de uma carga invisível.

 

Ele é o único elemento da banda que precisa de um kit de malas para o seu guarda - roupa. Ele tem sapatos que combinam com qualquer roupa, a sua roupa interior tem que combinar com a de fora, as suas meias com os sapatos e as suas calça, tudo é importante para ele. Ele tem que sempre estar com um saco pequeno ou algo para guardar todas essas coisas, tudo deve sempre estar organizado.

 

O seu filme preferido é Fight Club.

 

Nos aeroportos tem de tirar todos os piercing, pulseiras e anéis e guarda-os numa pequena malinha só para esse efeito. Guarda-os sempre por ordem e no mesmo lugar.

O seu momento mais embaraçoso foi quando vomitou em cima de uns fãs que estavam na primeira fila de um concerto.

A coisa mais estranha que um fã já pediu foi para ele lhe oferecer as suas roupas.

A coisa mais arriscada que fez foi entrar na banda.

A sua voz é diferente porque tem mais de dois sons dentro dela, por isso ele canta assim. Parece cantar agressivamente.

Ele e Joe (DJ da banda) concordam que a letra Everlong do Foo Fighters, é uma das melhores da história.

 

Chester diz que vê as fans como fans e não como uma oportunidade para ter um orgasmo.

Frases

“A melhor coisa que eu fiz para os meus pais foi aprender a usar o banheiro"

“Algumas vezes quando estou sozinho, eu penso como um KETCHUP porquê sei como deve ser horrível ficar em uma garrafa. Quando sou um Ketchup penso em me sentar sozinho o dia todo perto de uma Mostarda”

 

“Família para os elementos da banda é quando o Mike coloca um vestido no ônibus e mesmo assim nós continuamos a amá-lo.”

“Se raiva é um presente, então eu acho que sou abençoado!”

“Paz, amor, felicidade. Cuidem uns dos outros...cuidem dos vossos amigos...cuidem da vossa família.”

 

“Adoro quando o publico num concerto canta, aí tenho uma ereção que vai durar mais de uma hora.”

 

 “ Ei, se quiserem fumar erva, fumem erva. Se não quiserem fumar erva, não fumem erva. Esta é a porra da America, nós fazemos o que queremos fazer porque temos o direito de fazer o que queremos. E se alguém disser diferente, o que dizer? FODA-SE!!!”